Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida
Rómulo de Carvalho/António Gedeão (1906-1997)
«(...) que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.»
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.»
Brilhante poeta, professor e historiador da ciência portuguesa, Rómulo de Carvalho licenciou-se em Ciências Fisico-Químicas, exercendo depois a actividade docente. Traduziu como ninguém, a ciência para os leigos, desvendando segredos científicos com a mesma simplicidade com que os exemplificava. Colaborou em revistas da especialidade e organizou obras no campo da história das ciências e das instituições.
Sob o pseudónimo literário de António Gedeão, revelou-se como poeta em 1956 com a obra Movimento Perpétuo. Na sua poesia, reunida também em Poesias Completas (1964), as fontes de inspiração são heterogéneas e equilibradas de modo original pelo homem que, com um rigor científico, nos comunica o sofrimento alheio, ou a constatação da solidão humana, muitas vezes com surpreendente ironia. Alguns dos seus textos poéticos foram aproveitados para músicas de intervenção. Mentor e inspiração da geração da "Pedra Filosofal".
Na data do seu nonagésimo aniversário, António Gedeão foi alvo de uma homenagem nacional, tendo sido condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Sant'iago de Espada.
Hoje celebraria 100 anos de vida.
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